quinta-feira, 13 de julho de 2023

Capítulo 1

Maldita hora que você decidiu sair de casa, parece que levantou da cama para tomar no cu. No seu primeiro dia de férias do trabalho, férias tão almejadas e bem argumentadas com seu chefe, você sai determinado(a) a passar tanto tempo na livraria que só sairia de lá arrastado(a) pelo segurança, para achar os livros que queria há um ano. Mas NESSE dia, estava fechado e do nada o céu começa a desabar, você fica ilhado(a) durante duas horas e finalmente consegue voltar para o seu apartamento, todo(a) encharcado(a) e sem nenhum livro.
Você toma um banho quente, lava o cabelo, coloca uma roupa confortável, liga a televisão e vai para cozinha fazer um miojo, a preguiça esta on. Pega a panela, um garfo e se dirige para o sofá, só que no momento em que você senta, pronto(a) para escolher algo para assistir, a luz acaba.
— Hoje não é meu dia.
Então, como não tem nada para fazer, termina seu miojo, engole um dramin e vai para cama. Você deita, espera o remédio fazer efeito e apaga.
Você acorda com o barulho insuportável do interfone do apartamento e vai atender, sem se importar com nada, você só queria que aquele barulho parasse.
— Ah, mas se não for nada, eu vou dar uma panelada naquela criatura. – você murmura imaginando ser o porteiro.
— Fala, Nelson.
— Bom dia, seu/dona (seu nome), tem um pessoal aqui, parecendo os Homens de Preto querendo falar com o/a senhor/senhora, posso mandar subir?
Você revira os olhos e suspira. – Pode, vai.
Então a linha fica muda e você corre para o primeiro espelho que vê na frente e tenta dar um jeito nesse ninho que tu chama de cabelo, depois vai até o banheiro e escova os dentes do jeito mais desleixado que alguém poderia escovar e no momento que você cospe o enxaguante bucal, batem na porta, não deu nem tempo de tirar o pijama.
Você abre a porta e do lado de fora tem um grupo de umas cinco pessoas, mais ou menos, tudo de terno no calor de 40 graus. Então o cara do meio começa a falar de um jeito que te pareceu meio forçado, mas deve ser porquê tu é meio paranoico(a):
— Bom dia, sou o agente Noah Hale. – ele mostra as credenciais. - somos agentes do governo dos Estados Unidos e temos uma proposta para o senhor.
Todos se acomodam na sala, que é o único lugar do apartamento visualmente apresentável e ele volta a falar:
— Recentemente, nossa marinha descobriu uma nova ilha, que de início pareceu desabitada e realmente é, não há sinal de pessoas vivas lá, no entanto, fazendo uma exploração mais a fundo, mais para o meio da mata, eles se depararam com uma estrutura, relativamente grande e, aparentemente, feita por humanos. Então estamos enviando uma equipe pequena de profissionais do mundo todo por algumas semanas, para manter tudo em segredo por enquanto, formada por um geólogo, um biólogo e um historiador. Mandaremos arqueólogos em um segundo momento, não faz sentido abrir uma escavação por agora.
— E vocês chegaram em mim? Um/uma historiador(a), que trabalha de professor(a) substituto(a) e de vez em quando publica uns artigos para sobreviver?
— A sua tese sobre civilizações antigas é impressionante. Então, o que me diz?
— Olha, moço, eu estou de férias, que eu lutei para caceta para conseguir, se quiser voltar daqui a trinta dias e....
— Vai receber $125.000 dólares, mais royalts pelo trabalho publicado.
— Quando é que vamos partir?
Ele abriu um sorriso de satisfação.
— Amanhã ás cinco, mandaremos um carro.
O dia passa rápido, pois você se manteve ocupado arrumando suas coisas, mas nada sem fazer muita pesquisa antes sobre aquele Noah.
No dia seguinte você acorda ás 4:00, se arruma, pega suas coisas e decide esperar lá embaixo. Cinco em ponto o carro aparece, você entra e em cerca de 30/40 minutos, chega no aeroporto, mas o motorista não entra no estacionamento, ele continua até uma pista afastada onde tem um jato. Você entra e vão para o Havaí e lá você se encontra com os outros integrantes.
— Olá, sou Laura, a geóloga, prazer. – uma moça, tão bonita que chega a doer os olhos, aparece em seu campo de visão e estende a mão.
E antes que possa responder, um armário, que parece que saiu de uma revista, aparece dando um sorriso digno de comercial de pasta de dente simpático.
— Hugh. – ele estende a mão, você aperta e diz o seu nome:
— S/N.
Chamam vocês para entrarem no barco, colocam os coletes, recebem as instruções e zarpam. E os dois começam a trocar olhares, bem indiscretos.
— Vocês se conhecem a muito tempo? – 'discrição' também não era uma palavra frequente no seu vocabulário.
Laura responde primeiro:
— Não, cheguei ontem à tarde.
— Vocês são de onde?
Dessa vez o grandão responde:
— Eu sou da Romênia.
— Escócia.
Você apenas balança a cabeça e se mantêm em silencio pelo resto do trajeto. Chegaram na ilha o sol já tinha quase se posto e o sitio já estava pronto com todas as tendas. Começariam a trabalhar pela manhã e as únicas instruções eram para não danificar nada sem autorização do superior. Você não quis comer, a viajem de barco tinha acabado com seu estômago, tomou um remédio e apagou.
Acordou bem cedo, colocou algumas coisas na mochila e seguiu as marcações para a ruína e era puro eufemismo o "relativamente grande", essa porra é enorme!
E logo no portal de entrada havia uma inscrição esculpida, então pegou a câmera e começou a fotografar o lado de fora da estrutura e principalmente as inscrições na pedra. Depois de conseguir fotos de todos os ângulos, finalmente decide entrar.
— Bora lá.
Passa pelo portal e logo nota a primeira coisa incomum: o chão do "salão principal" não é o mesmo do lado de fora, é de pedra, polida e decorada, ainda tinha alguns traços de pigmento nelas e nas paredes não se viam os espaçamentos nas pedras, o acabamento era perfeito e também tinha traços de pigmento nelas e suportes para tochas. No centro tinha o que parecia ser um altar ornamentado com bronze, que ainda não oxidou! Que lugar é esse, minha nossa senhora do perpétuo socorro? Tem uma abertura no teto bem acima dele, era para ter oxidado, a não ser que esteja encerado ou aquela abertura é feita de vidro, o que é de se duvidar, mas você não vai tacar uma pedra nela para testar.
Mais ao fundo tinha um lance de escadas em espiral, com um corrimão que estava encrostado, você pega um pano da mochila, molha um pouco com agua da garrafa e dá uma polida e descobre que é de aço negro. Então você sobe as escadas, mas o "segundo andar" tem um teto muito baixo, porém você continua andando meio abaixado mesmo, só crianças de até doze anos ficariam completamente em pé aqui.
Suas costas começam a doer e você desce as escadas, a cada degrau que você desce suas costa ficam mais aliviadas. E ao descer o último degrau você nota uma porta no estilo medieval do século XIV, você abre e ela revela uma escadaria que leva para o subsolo, que parece infinita pela escuridão, você pega a lanterna e começa a descer a escadaria sombria. Está tão intrigado que nem se importa se tem algum bicho perigoso, você só vai, discernimento pra quê? Até que você dá de cara com um paredão.
— Oh, porra! – você se atrapalha um pouco pelo susto, até derruba a lanterna. Pragueja um pouco, mas para ao ver que tem algo escrito na pedra coberta por limo. É escrito em gaélico escocês:
Aig tuiteam na h-oidhche, tha a h-uile dad air fhoillseachadh
Na tradução livre:
— "Ao cair da noite, tudo se revela". – você pondera por alguns segundos e decide voltar à noite, só para ver o que acontece.
Você sai das ruinas e se surpreende, pois já era meio da tarde e não havia notado que tinha passado tanto tempo lá dentro. Vai até o acampamento e joga as imagens na internet para ver se achava algo semelhante ás inscrições no arco de entrada ou uma tradução, talvez. E realmente encontra inscrições idênticas, com algumas variações de símbolos, em alguns países escandinavos, principalmente na Islândia e na Dinamarca, mas nada de tradução.
— Será um grupo de vikings não documentado? Mas esses símbolos não se parecem nem de longe com a escrita futhark ou com nenhuma outra escrita antiga.
Apenas fez algumas anotações, foi jantar e esperou todos irem dormir. Com todo mundo apagado, você pegou a lanterna e foi até a ruína misteriosa, sem cerimonias, você se dirigiu até a porta e desceu a escadaria, mas quando chegou onde deveria ter a parede de pedra maciça, havia um corredor que leva a uma bifurcação e olhando para os dois lados tudo o que têm são portas duplas de madeira, a parede a sua frente parecia ser a mesma em que você se esbarrou mais cedo, pois tinha a mesma frase, como se tivesse movido por todos aqueles metros. Você começou a se perguntar o tinha atrás dessas portas.

Mas para qual dos dois lados você vira primeiro? Direita ou esquerda?


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Os Tempos de Outrora

 




Você é um/uma historiador(a) mandado(a) para uma ilha recém descoberta pelo governo, para estudar uma estrutura em particular nunca vista antes em nenhum outro lugar.
Mas acaba descobrindo algo que te faz questionar se o mundo deveria saber sobre ou se deve permanecer do jeito que está.
Então, o que você vai fazer? Vai omitir e guardar só para si ou manter a sua integridade e ética profissional?

Descubra em breve.

Capítulo 1

Maldita hora que você decidiu sair de casa, parece que levantou da cama para tomar no cu. No seu primeiro dia de férias do trabalho, férias ...